25 de novembro de 2007

Fla domina divisões de base em 2007


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Os títulos dos Estaduais infantil e juvenil conquistados no sábado fecham um ano hegemônico do Flamengo no futebol carioca. Com exceção da categoria mirim, todas as outras foram campeãs em 2007.

No primeiro semestre, os profissionais venceram o Botafogo e os juniores conquistaram o tricampeonato sobre o Vasco. A escada ficou quase completa com o bicampeonato dos juvenis e o título do infantil.

Isso sem contar com outros títulos relevantes, como a Copa Macaé (equivalente ao Brasileiro sub-17), a Taça Belo Horizonte de Juniores e o terceiro lugar no Mundial sub-19 da Malásia. Na próxima quarta ainda tem a final da Taça Otávio Pinto Guimarães. No primeiro jogo, o Rubro-Negro humilhou o Fluminense por 5 a 0, na Gávea..

A estrutura das divisões de base rubro-negra começa com Rivelino Serpa e Moyses Saubel. As comissões técnicas são comandadas por Adílio (juniores), Rogério (juvenil) e Zé Ricardo (infantil).

Na noite de sábado, o GLOBOESPORTE.COM conversou por telefone com Moyses Saubel para explicar o porquê da supremacia do Flamengo nas divisões de base. 
 

Eduardo Peixoto
Destaque dos juniores, Thiago Sales tem sido usado no time profissional

GLOBOESPORTE.COM: O ano termina e os títulos se acumulam. Qual é o segredo do sucesso do Flamengo?
MOYSES SAUBEL: Essa verticalização de ganhar infantil, juvenil e juniores é um produto das comissões técnicas interagindo. Um time nunca é o mesmo de um ano para o outro. A fila anda e temos peça de reposição. O pulo do gato é a excelência na escolha das comissões técnicas e o advento do Ninho do Urubu.

O CT é realmente importante?
Demais. Toda a base fica concentrada num mesmo lugar. Por isso, se um técnico quiser observar os jogadores de outra categoria é só andar alguns metros. Desde 2005 conseguimos melhorar muito.

Só ficou faltando o título do Mirim para a hegemonia ser completa...
Não me importo com os resultados no Mirim. É a única categoria que não cobro resultado. Porque quem manda lá são os pais histéricos. Os garotos chegam no campo cheios de ordem. Depois que vamos incutindo a cultura rubro-negra.

E o Flamengo consegue formar novos craques?
Claro. Não adianta ganhar título. O que fica na realidade é o craque, o jogador. A pergunta que nos persegue é: esse cara vai jogar no time profissional do Flamengo? É só olhar. O Rômulo virou a menina dos olhos do Joel, o Thiago Sales também subiu muito bem. Alguém viu o jogo que o Paulo Sergio fez hoje contra o Fluminense (NR: primeiro jogo da final da Taça OPF)? Uma barbaridade. Isso sem falar no monstro que é o Erick Flores. A lista é muito grande...

Esses títulos enterram de vez o "mito Xerém"?
Fluminense faz o jogador e quer logo vender. Mas acho que houve briga interna lá em Xerém que desestabilizou. Mas nem quero saber. O Fluminense não ganhou nada neste ano. No Mirim, quem vai ganhar é o Vasco com um time cheio de ratos.

Volta e meia falam que os jogadores que sobem para os profissionais do Flamengo não têm alguns fundamentos. Dizem, por exemplo, que Jean e Renato Augusto não sabiam finalizar... Esses títulos servem como resposta?
Se o Flamengo que não sabe chutar ganha tudo, o quê falar dos outros? Deve ser uma epidemia porque a gente ganha de todo mundo. Eles esquecem dos zagueiros, volantes, meias... Quem assistiu à final dos juvenis pôde ver a diferença absurda da qualidade do nosso time para o Vasco. Deu gosto.


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