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O jogo começou parecendo que o grêmio jogava em casa. Partindo para cima enquanto o Flamengo tentava ajeitar o meio de campo com o toque de bola do Mugni e sem a velocidade do Everton, eu fiquei com a impressão que o Fla estava chamando o time do Grêmio para o campo de ataque para partir no contra-ataque. Mas aí pensei: é o Arthur que vai puxá-lo? E embora mandasse no jogo, o Grêmio nem levou tanto perigo assim para que justificasse o domínio que ele estava tendo.
A esperança que o Flamengo melhoraria veio logo no início do segundo tempo, com o Flamengo partindo para o ataque. O Marcelo teve sua chance que explodiu no eito do goleiro do Grêmio, o Alecsandro teve uma cabeçada para fora e uma bola que tentou pegar num sem pulo e até o Eduardo da Silva, que entrou no lugar do moroso Arthur teve a sua. Pena que o zagueiro do Grêmio chegou primeiro que ele na bola. Mesmo com a entrada do Gabriel, o Mengão não chegou a fazer uma pressão que dê para a gente se lamentar que a vitória não veio. Mesmo com todo o esforço do incansável Márcio Araújo, da seriedade do Chicão na zaga e a tentativa de organizar o time que o Eduardo da Silva teve, não deu para o Flamengo levar os três pontos. Numa jogada pela esquerda da defesa que o João Paulo pediu falta inexistente, o Marcelo levou um drible imbecil e o Amaral ficou como bonecão de posto igual tio café com leite em pelada de garoto, o Grêmio, que passou o segundo tempo atrás de uma bola, conseguiu o seu gol já nos acréscimos.
O Flamengo não jogou mal, mas será que jogou para ganhar a partida? O resultado não foi injusto, assim como o empate também não seria injusto. Estava claro que o time que vacilasse, sairia com a derrota. O Flamengo vacilou.
Acabamos o primeiro turno de uma forma muito melhor do que a maioria. A peteca não tem que cair, o Flamengo tem que continuar trabalhando, que novas vitórias virão. O Flamengo jogou futebol e abriu a possibilidade de ganhar e perder jogos. Antes, não jogávamos futebol, então, a probabilidade de perder era imensa.
Vem aí o segundo turno, com muito mais emoção que esse primeiro. A única certeza que eu tenho é que nem no pior momento eu vou te abandonar, Flamengo. Ah tem outra: a Nação é espetacular. Chamada à luta, não se esconde jamais.
Nosso próximo desafio é contra o Goiás, na casa dos caras. Bora fazer um esforço maior para trazer esses três pontos.
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