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Era, sem dúvidas, um jogo especial. José, que não era mais um garoto, poderia ver o Mengão de perto, coisa que só tinha visto uma vez na vida. A paixão e o amor vinha desde os tempos de garotos, com a imaginação das histórias que seu pai contava sobre os grandes jogadores que por ali passou. Ele queria passar aquilo para o filho. Passou a semana toda falando do Flamengo.
O domingo demorou a passar e, sem atraso, José estava na Arena Pantanal. Chegou cedo e não viu a Arena lotar. Com metade do público esperado, as pessoas parecem que estavam adivinhando o péssimo futebol que ali seria apresentado. Porém, mesmo sem nenhuma indicação que teríamos um grande jogo, José pegou grande parte do dinheiro que ganhou ultimamente com bicos que fez e comprou um ingresso para ele e para o filhão.
José viu um show de horrores. Viu goleiro errar reposições de bola, viu capitão desorientado tentando o ataque, viu jogador que já foi campeão brasileiro pelo Flamengo tendo desempeno pífio, viu um ataque inoperante não ameaçar a pior defesa do campeonato, viu um técnico medroso e covarde, viu um bando sem raça que nem de longe sabe o que significa estar no Flamengo.
O filho do José, que passou a semana inteira falando que ia no jogo do melhor time do universo, que o Flamengo era poderoso e muito bom, suspirou. O jogo acabou, o filhão coçou a cabeça e falou pro pai:
- Esse daí não é o melhor time do mundo, papai.
- Não, não é. - respondeu o pai, tão desolado quanto o filho.
- Melhor a gente torcer para outro time que é melhor do mundo, né? - perguntou o filhão, com a camisa do Flamengo, mas com a cabeça em outro time.
Ao decidir se levantar e ir embora, José olhou pela última vez para o campo que foi palco de um dos piores espetáculos que presenciou na vida. Precisava dar uma resposta a pergunta do filho.
E agora, José?
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