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A gente sabe (ou deveria saber) que sempre que há uma mudança, muda-se também a referência. Obviamente, com o Flamengo não seria diferente. Com técnico novo, novas referências vão sendo implantadas. O problema é que o Flamengo não tem tempo pra isso porque tem time na nossa frente no processo. A parte ruim é criar essas referências com o campeonato em andamento e isso é penoso demais. A parte boa é que as referências que estão sendo criadas vão para algum lugar.
Esse lugar, esperamos todos, que tem um Flamengo jogando um futebol que leva a vitórias, nao é fácil de se chegar mas eu não tenho dúvida que é possível de habitar principalmente com o elenco que a gente tem. Elenco esse que fez uma boa diferença na vitória contra o Santos, na Vila Belmiro. Gol do Gabigol. no dia do seu aniversário, num contra-ataque fulminante.
Com Gustavo Henrique, Thiago Maia e Michael nas vagas de Léo Pereira, Arão e Everton Ribeiro, respectivamente, o treinador arriscou ainda mais e pôs à prova sua semana livre de treinos, deixando claro que já aplica seus próprios conceitos. Falta mais consistência física, falta Bruno Henrique deixar a ansiedade de lado e Gabigol acertar (ainda mais) o pé na forma. Falta a zaga se acertar nas bolas dentro da área. Fata coisa mas as referências já estão mudando.
Fico imaginando o que pensa o treinador do time adversário quando tem o Flamengo vencendo de 1x0 por causa de um vacilo de um jogador seu, tem que correr atrás do prejuízo e aos 20 do segundo tempo vê o seu adversário começar a substituir e colocar jogadores em campo como Everton Ribeiro, Diego, Isla, Arão. Todos descansados, com sede de bola em cima de jogadores já cansados de buscar um resultado. Não deve ser fácil. E é para tornar a vida do adversário mais difícil que o Domenec está trabalhando firme, mudando a referência do torcedor (do Flamengo e de outros), que estava acostumado com o mesmo time sempre, jogando até (depois de) cansar.
Contra o Santos, tivemos uma zaga que demorou para se ajustar. Com Gustavo Henrique lento e Filipe Luis dando uma sofrida com Marinho, a gente poderia ter saído da Vila com uma derrota que iria tumultuar demais o ambiente de trabalho do Espanhol. A entrada do Michael pra fazer a direita do ataque e do Rene para fazer a direita da defesa, em cima do Soteldo, acabou sendo um acerto do técnico que foi pouco falado. O Michael deu a assistência para o gol do Gabigol, perdeu gols e ainda fez umas jogadas com o Isla, que entrou voando na lateral direita, na metade do segundo tempo.
A entrada do Michael colocou o Everton Ribeiro no banco. Embora tenha parecido uma estratégia pontual do Domenec, continuo achando que o grande diferencial do Flamengo é ter 2 meias de qualidade jogando juntos. Para mim, Arrascaeta e Everton Ribeiro devem jogar juntos no time do Flamengo.
Embora o técnico esteja sempre falando que irá rodar o elenco nos próximos jogos, acredito que quando ele achar o jeito do time desempenhar um bom papel, irá mudar pouco. Mesmo que a gente tenha jogadores para substituir os que estão em campo, essa história de rodízio pode ser muito mais para motivar jogadores que estão no banco de reserva do que convicção de trabalho.
O trabalho está sendo feito, com novos pensamentos, o que faz mudar a referência do que o Flamengo era. Se é verdade que o antecessor deixou terra arrasada, não há outro caminho para o espanhol a não ser criar seu próprio caminho, suas referências para chegar no lugar das vitórias. A nós, cabe ter paciência, confiar e, claro, cornetar quando ele vacilar porque ele vai vacilar.
A gente vai se acostumar com as novas referências que estão sendo implantadas jogo após jogo.
Nosso próximo desafio é contra o Bahia, na casa deles, pelo campeonato brasileiro. É mais uma oportunidade para gente ver um novo conceito em campo. Devagar e sempre. Sempre atrás da vitória.
Saudações!
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