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Não tenho problema nenhum em esperar que um planejamento traçado com processos dê resultados. Porque se tem uma coisa que aprendi na vida é que planejamento com processo adequado ao planejamento vai dar resultado. Pode ser um resultado abaixo do esperado (até porque tem planejamento que tem erro) mas se tem um planejamento, a gente sabe que uma hora ou outra, teremos um resultado satisfatório. Afinal de contas, ninguém planeja algo para não dar o resultado satisfatório. Com planejamento, se algo não tem o resultado esperado, a meta é realinhar os processos. Se não realinhar, cai num ciclo vicioso da incompetência e da falta de performance. E é nesse ciclo que o Flamengo está.
Com o departamento de futebol cada vez mais exposto pela falta de performance satisfatória, o Flamengo não consegue sair do ciclo vicioso e não importa o técnico que lá esteja. Não importa se é um técnico de primeira ou segunda linha, se é um ex-jogador, um técnico que perde elenco com o tempo, se é estagiário ou um técnico que já passou da hora de se aposentar. Está mais claro do que nunca que é a falta de processo interno do departamento de futebol que não permite uma performance satisfatória. E sabe o que o processo de ciclo vicioso traz? RECORRÊNCIA!
A derrota para o Botafogo demonstrou que o ciclo vicioso entra e sai de campo num movimento que não vai acabar nunca, se os processos não forem mudados.
Vamos entender esse ciclo vicioso? Paulo Sousa não consegue escalar o time completo. Seja para poupar jogadores por causa do calendário ou por lesões, ele tem que improvisar o Arão, que falhou em todos os jogos como zagueiro. O Arão é improvisado porque os zagueiros não estão em condições de jogo porque estão no departamento médico. O departamento médico sofre para recuperar jogadores e não é de hoje. Aliás, profissionais que aprenderam com consultoria internacional de prevenção de lesões e outros processos dentro do futebol estão em outros clubes. É recorrente os profissionais trocarem o Flamengo por outros clubes por causa de salário. Como é que jogadores irão chegar a 100% de forma física se não há um trabalho de excelência na parte física?
Para se ter um trabalho de excelência na parte física, é preciso ter processos não só dentro de campo, como fora de campo. E fora de campo, a gente anda vendo o quão desastroso é o departamento de futebol do Flamengo . É um departamento que não tem lei, não tem ordem, é escrachado em pequenos atos como o do capitão do time fazendo graça dentro do clube em cima de um jornalista empregado por uma parceira de transmissão. O que o Diego fez com o Vene Casagrande foi para escancarar toda a falta de comando que eu ainda tinha dúvida se realmente estava acontecendo. Não só acontece como é apoiado por gente que deveria bater na mesa e exigir respeito pela instituição que paga o salário dessa cambada que se acha dona do Flamengo. O CRF que eles portam no peito não merece falta de respeito com qualquer profissional e enquanto jogador estiver com ele no peito e dentro das dependências do clube, tem que respeitar a história de integração do Flamengo. Não adianta falar em respeito em rede social e falta com o respeito nas dependências do clube. Esse daí é só um exemplo claro de que não existe ordem. Duvido que um funcionário de qualquer empresa que desrespeite funcionário de outra empresa parceira dentro das dependências da empresa não seja afastado, sequer demitido. Se dizem profissionais mas de amadores tem e muito.
Então, a falta de performance do Flamengo vai muito mais além das escolhas equivocadas do Paulo Sousa no comando da equipe. Vai de um departamento médico que não recupera direito jogadores, passa pelo administrativo que não remunera quem é bom, vai pro departamento de futebol que não tem pulso para brecar comportamento equivocado de jogador que se acha dono do clube, se alinha com o presidente que está engessado no cargo como se fosse a rainha da Inglaterra e não tem voz de comando para colocar o mínimo de ordem na casa. Ao não colocar ordem na casa, os jogadores agem como querem, inclusive de não obedecer ordem do treinador. O treinador não consegue ter opções de jogadores nas posições porque o departamento médico não recupera jogadores, porque o administrativo economiza do pagamento de profissionais melhores, que saem do Flamengo em troca de melhores salários e o departamento de futebol coloca profissionais parceiros do pessoal, que não tem muita ordem porque são parceiros. Os jogadores também se transformaram em parceiros, não acatam muita ordem, o presidente não tem como mexer muito no pessoal sem perder a força política, coisa que ele não vai fazer.
Percebeu o ciclo vicioso? Então, me diga: enquanto houver essa recorrência, não houver processos vindos de um planejamento focado no que temos e no que disputamos, vai ter mudança de performance? Adianta trocar técnico, colocar telão, dar entrevista de que não há problema no departamento como os fatos demonstram o contrário?
Sabe o que é pior? Ciclo vicioso não tem fim. O presidente vai continuar engessado, o administrativo vai continuar economizando em profissional contratando gente de segunda divisão do campeonato carioca, o chefão do futebol continuará como parceiro dos jogadores, vai ser contratado mais técnicos que não tem fundamento nem planejamento de ser contratado e o torcedor vai continuar sem ser respeitado por absolutamente todos nesse processo.
Porque colocar João Gomes como reserva do Andreas num jogo às 11h, num sol de lascar, não é só falta de conhecimento. É desrespeito com o torcedor.
Até a próxima!
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